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Aspectos relevantes na construção de piscinas: obra e revestimentos.


Piscina em residência: Projeto Carmem Avila

Piscinas valorizam um imóvel além de serem extremamente atrativas para aqueles que gostam de usufruir horas de lazer em casa, receber amigos, etc... No entanto, trata-se de uma obra que deve ser feita com muito cuidado e planejamento a fim de evitar transtornos futuros.


Inicialmente, é preciso definir o processo construtivo da piscina. Para tanto, vale saber que numa escala progressiva de custos, a ordem é: piscinas prontas de fibra de vidro, piscinas de vinil e piscinas de concreto armado. A diferença de valor é grande entre a primeira e a última opções.


As piscinas prontas de fibra de vidro ganham com relação ao prazo de execução. Uma grande vantagem é que dispensa os processos de impermeabilização na obra e sua estrutura impossibilita vazamentos. Se você procura prazo, baixo custo e facilidade de manutenção, considere esta opção. No entanto, você terá que ficar restrito aos formatos disponíveis no fabricante que usualmente, retangulares ou elípticas tem no maior comprimento, desde 4,00m até 10,00m de comprimento. Além disso, para escolher o tamanho deste tipo de piscina, lembre-se de considerar a passagem da mesma desde o descarregamento na rua até o local da instalação, se for instalada no quintal dos fundos, a piscina, preferivelmente, deve ter dimensões para passar pelo corredor lateral da casa. Quanto ao acabamento, elas usualmente são entregues na cor azul ou branca mas, um dos fabricantes mais tradicionais deste tipo de piscina (Igui) já apresenta a possibilidade de acabamento com revestimento em pastilhas diretamente da fábrica em alguns formatos e tamanhos específicos. A piscina de fibra de vidro revestida com pastilhas ganha sofisticação e até já esteve presente na mostra Casa Cor em São Paulo.


As piscinas executadas em vinil também dispensam a necessidade de processos de impermeabilização e garantem maior liberdade para desenvolver um formato personalizado para sua piscina. Os revestimentos em vinil são encomendados sob medida a fabricantes especializados, logo depois que toda a execução da alvenaria e hidráulica esteja concluída. O “corte e costura” do vinil é feito na fábrica e entregue na obra para aplicação em mão de obra especializada. As estampas de vinil são diversas: lisas, ilustradas com desenhos ou mesmo imitando pastilhas. Normalmente, as estampas são em tons de azul porque tem maior demanda no mercado e é mais interessante ao fabricante. Vale lembrar que o vinil deve ser trocado num período de aproximadamente 8 anos.


Piscina em vinil com borda em pedra: Projeto Arq. Carmem Avila


Se o seu sonho é uma piscina diferenciada... Certamente, terá que construir uma piscina com estrutura em concreto a fim de ganhar maior liberdade de escolha nos revestimentos: azulejos, pastilhas, cerâmica, pedra natural e revestimento monolítico de quartzo. O custo de execução certamente será bem mais elevado, mas, certamente vai trazer maior impacto na composição de sua área de lazer.


Os azulejos e pastilhas são a opção mais trivial dentro destes revestimentos de piscinas de concreto. As opções estão nos formatos e cores. As pastilhas (porcelana ou vidro) de menor dimensão, 2x2cm ou 5x5cm, trazem maior sofisticação e possibilitam aplicação em superfícies curvas. Nas opções de cores, não há qualquer restrição, no entanto, é bastante usual a preferência de todos por tons mais claros e nas cores azul ou verde. São raros os clientes que buscam por piscinas com cores escuras ou diferenciadas (como o vermelho). No entanto, o verde vem ganhando muitos admiradores em lugar do tradicional azul. Por conta disso, diversas empresas vêm desenvolvendo em seu catálogo pastilhas de porcelana em tons de verde para as piscinas. Outra opção nestes revestimentos é trabalhar a composição de faixas em diferentes tons de cores: branca, tons de azul ou verde. A imaginação é o limite!


Piscina em pastilhas cerâmicas: Arq. Carmem Avila


O revestimento cerâmico é frequentemente encontrado em piscinas de grande escala em clubes, hotéis, academias e centros de lazer. Existem peças cerâmicas que são feitas exclusivamente para piscinas e contemplam detalhes como: bordas, cantos arredondados e até mesmo bordas agarradeiras (essencial para prática de natação em piscinas esportivas). Empresas como a Gail, tem alta credibilidade para acabamento de piscinas de academias, clubes e hotéis onde há alto tráfego. Isto se deve ao fato que a cerâmica tem maior durabilidade, além de rejuntes mais eficientes que não acumulam tanta sujeira, facilitando toda a manutenção.


Atualmente surgiram novos produtos em cerâmica que trazem para o material um forte apelo mineral, simulando acabamentos de pedras naturais, um exemplo disso é a linha Barlavento da Portobello. Se você gosta de uma piscina com um aspecto mais rústico, de cores neutras e integrada a paisagem de um jardim, esta é uma boa opção.


O revestimento executado em verdadeiras pedras decorativas naturais também pode ser uma excelente pedida para quem quer trazer um forte apelo à natureza para o conjunto. No entanto, neste caso, é muito importante ficar atento às argamassas adequadas, bem como a reação das mesmas com os químicos utilizados na manutenção da água da piscina. Piscinas em pedra natural podem ser executadas com grandes peças irregulares de pedra Goiás ou Quartzito (estas peças em grandes formatos chamam-se “Lajão”) bem como pedras previamente cortadas em formatos regulares (como a verde Hijau que tem sido muito utilizada). Vale lembrar que ao escolher o revestimento interno de uma piscina em pedra natural, haverá um investimento maior para a conclusão da sua obra.


Nos tempos atuais, chegou ao Brasil, outro revestimento que é comumente encontrado na América do Norte. Trata-se de uma argamassa de revestimento monolítico de quartzo. Com este revestimento, não existem juntas, ele ganha um aspecto contínuo e os cantos e bordas podem ser arredondados facilmente. Novamente, uma excelente opção para quem busca um resultado que se aproxime a paisagem natural de um lago ou cachoeira. Quando este revestimento é utilizado em tons de bege, muito se assemelha à areia encontrada na praia ou em uma cachoeira.


Até agora falamos sobre os revestimentos internos das piscinas. No caso de bordas, a segurança deve ser o aspecto fundamental a ser analisado. É fundamental que as bordas sejam antiderrapantes a fim de evitar acidentes e escorregões. Além disso, as bordas igualmente não podem ser retas ou cortantes para que todos possam agarrar nas mesmas enquanto estejam dentro da piscina.

Observando estes critérios, temos a opção da borda em pedras naturais. Independente do tipo de pedra, ela precisa ser de borda boleada e, preferivelmente, calibrada (para ficar com todas as bordas de mesma espessura). Lembre-se deste detalhe porque realmente pode fazer toda a diferença no resultado final. Quanto a tipologia, as pedras ricas em quartzito são a melhor opção porque trazem muita resistência e durabilidade. Existem quartzitos brancos e amarelados. Se quiser, também poderá utilizar o granito, mas, somente na versão de acabamento jateado, que é antiderrapante (mas, cuidado, lembre-se que cores escuras guardam muito calor).


Também encontramos em mercado, bordas cimentícias atérmicas que já são boleadas de fábrica, garantindo um excelente resultado e conforto. No caso destes produtos cimentícios é necessário certo cuidado no momento da instalação, a fim de evitar manchas de terra ou outros elementos, antes que a peça receba a resina de proteção no acabamento.


Piscinas com baixo custo como a vinílica ou de fibra, podem ganhar um aspecto muito mais nobre com a instalação de bordas boleadas cimentícias ou de pedra natural.


A borda infinita é um recurso muito bem utilizado especialmente em situações de piscinas que ficam na extremidade de platôs. Ou seja, a face da piscina que receber borda infinita deve funcionar como uma parede limite ou muro de fechamento de um platô onde fica a área de lazer. Isto porque o recurso somente é válido quando é possível fundir o horizonte da paisagem com a água. A borda infinita funciona como um “ladrão” estabelecendo o nível limite para transbordo da água. Por isso, é necessário executar, na face externa, uma calha de recolhimento (cocho) das águas excedentes que eventualmente transbordem e um retorno para envia-las de volta à piscina. A borda infinita estabelece o nível da água enquanto as outras bordas (tradicionais) frequentemente estão 15cm distantes do nível da superfície da água.


Detalhe: borda infinita - Arq. Carmem Avila


Apenas para concluir, vale deixar aqui um conselho fundamental: contrate uma empresa especializada em qualquer que seja sua escolha para o método construtivo da piscina: vinil, fibra, alvenaria ou concreto. No caso de qualquer vazamento ou imprevisto, após a execução, a empresa responsável pela construção estará disponível para atender já que conhece todos os procedimentos que foram feitos durante a obra. No entanto, será difícil encontrar quem queira reparar danos de uma piscina executada por terceiros.

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